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Operational Systems Technology

Perigo à Vista

Li, no iMasters, que Jeff Raikes, diretor da área de negócios da Microsoft, disse: “Se quiser piratear, preferimos que seja os nossos produtos antes que qualquer outro. A longo prazo, é essencial termos uma boa base de consumidores que utilizem nossos produtos. Com o tempo, eles podem comprar o software de forma legal”, alegango que o programa de Vantagem para Windows Genuíno (Windows Genuine Advantage) tem como objetivo estimular a compra do programa original e não coibir o uso do pirata. Não é o que tenho visto.

Toda atualização, ou baixa de programa, agora é precedida pelo programa de verificação de originalidade, ou seja, quem tem o sistema não-original não atualiza mais seus sistema operacional (que a cada dia tem uma falha ou brecha descoberta) nem pode atualizar algum programa (como o Internet Explorer 7, por exemplo). Não quero defender nenhum lado, apenas observar o que considero o caminho natural daqui para a frente.

O amplo uso do computador como ferramenta de trabalho (“ele pode ser nosso maior aliado”, ouvi e concordei com um vídeo), muitos profissionais estão tendo um conhecimento a mais sobre o funcionamento dessa máquina. O Windows Vista vem apertando o cerco no que se refere ao uso do programa pirata, mesmo com as notícias de quebra que vemos atualmente, pois são todas alternativas de uso temporário. Com mais conhecimento do funcionamento de seus computadores pessoal, será natural a procura por alternativas e é aí que entram as distribuições (falo das distribuições Linux, que são as que conheço) que sofreram grande desenvolvimento nos últimos tempos.

Ela ainda exigem um certo conhecimento maior do que o habitual ligar-abrir-o-ie-entrar-no-sistema-fechar-tudo-desligar, mas já não é mais um mistério total. Hoje, com conhecimentos medianos de uso de um computador (o que cresce a cada dia) já é possível instalar uma distribuição Linux voltada para o uso de estações com grande facilidade, com a maravilhosa característica dos programas de código-aberto: não precisar pagar para utilizá-lo.

O que as distribuições Linux têm oferecido aos que resolvem embarcar nessa tentativa, até mesmo com máquinas modestas, é fascinante. Um exemplo da distribuição que tenho mais contato, o Ubuntu (pronuncia-se Ubúntu): para os acostumados com o Windows e suas janelas, ele traz janelas da mesma forma; para os ligados na facilidade das instalações de programas, há agora um método ainda mais fácil do que o atual Próximo > Próximo; para os que gostam de personalização da estação, há magníficas opções 3D; e por aí vai.

Nem todos continuarão, mas creio fortemente que muitos trilharão o caminho de sistemas operacionais alternativos, que, hoje, já não é privilégio de um conhecedor profundo de computadores, mas está à mão de usuários normais que conhecem um pouco além do básico. E normalmente não tem desapontado aos que se aventuram por um sistema lhe permite usar a inteligência. O Ubuntu já é bem familiar para os usuários de Windows e não imporá dificuldades, porém poderá se tirar muito mais se estudar um pouquinho sobre seu funcionamento, ainda mais porque é farto o material gerado pelas perguntas frequentes (e é gigantesco o prazer com que são respondidas).

É certo o desenvolvimento que será adquirido com o desafio. E a alegria com o seu crescimento.

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