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Matando os zumbis

Se você passa algum tempo olhando para a sua lista de processos, cedo ou tarde vai se deparar com um processo chamado 'defunto' (defunct). Antes de explicar o que é um processo defunto e como removê-lo, segue um resumo de como consultar a tabela de processos usando o comando ps.

Digitar ps ux listará todos os processos atribuídos ao usuário atual e é possível especificar outro nome de usuário com ps U username. Um dos usos mais comuns para ps é de listagem de todos os processos que estão sendo executados no sistema através de ps aux. Quebrando o comando por partes, o a lista todos os processos ao invés de somente os de um único usuário, o u é o nível de detalhes retornados por cada processo e x lista os processos executados pelo daemon não executados por um terminal.

Um processo defunto é um processo iniciado por outro processo (o pai), mas que foi finalizado antes que o processo pai tenha sido completado. Isso pode acontecer se o processo pai ficou pendurado ou quebrado.

Os processos defuntos são também conhecidos por zumbis e listados com status 'Z' na saída do ps. Eles não são tão destrutivos quanto os mortos-vivos, já que eles não consomem quase recurso do sistema, mas em um sistema que está sempre ativo, como um servidor, eles podem se tornar distrativos. O segredo para matar um processo defunto é primeiro matar o pai, que estará listado na saída do ps adicionado de -l para grandes retornos. Os processos pais podem ser identificados através da coluna PPID ao invés da coluna PID, a coluna com o ID do processo. Esses são identificadores anexados a cada processo executado no seu sistema. Eles podem ser mortos usando outro comando no shell, kill -9, seguido do PPID. Obviamente, isto irá parar a tarefa pai, então se certifique primeiro de que a tarefa não é essencial. Uma vez que a tarefa pai tenha sido morto, o processo init do sistema deverá enviar o sinal correto aos processos defuntos, que devem terminar automaticamente.

Mais em Truques de linha de comando.

Uma resposta em “Matando os zumbis”

Deixe uma resposta para Truques de linha de comando | Rafael Bernard AraujoCancelar resposta

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